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Doença do Olho Seco

A doença do olho seco é uma condição ocular comum em todo o mundo e afeta cerca de 5% a 30% da população global, dependendo da definição de critérios diagnósticos e da população estudada. No entanto, a prevalência varia amplamente entre diferentes regiões e populações, dependendo de fatores como idade, sexo e condições ambientais.
 
No Brasil, a prevalência da doença do olho seco também varia de acordo com diferentes estudos e populações. Um estudo realizado em 2016 com uma amostra representativa da população brasileira adulta relatou uma prevalência de 12,3% de olho seco. Outros estudos relataram prevalências ainda maiores em populações específicas, como trabalhadores de escritório, que podem ser mais suscetíveis ao olho seco devido ao uso prolongado de dispositivos eletrônicos.
 
É importante notar que a doença do olho seco tende a afetar mais mulheres do que homens e é mais comum em pessoas mais velhas. Além disso, fatores como ar seco, poluição, uso de lentes de contato e algumas doenças sistêmicas, como a síndrome de Sjögren, podem aumentar o risco de desenvolver olho seco.
 
Embora a doença do olho seco possa ser uma condição debilitante e afetar a qualidade de vida das pessoas, o tratamento adequado pode ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a saúde ocular a longo prazo. É importante buscar avaliação oftalmológica se você sentir sintomas de olho seco para receber um diagnóstico adequado e tratamento adequado.
 
 
De acordo com o TFOS DEWS II (The Tear Film & Ocular Surface Society Dry Eye Workshop II) que é um relatório atualizado lançado em 2017 que aborda as mais recentes descobertas e recomendações para a doença do olho seco. A doença do olho seco é uma condição multifatorial que pode afetar a qualidade de vida das pessoas, causando sintomas como ardor, coceira, vermelhidão, sensação de areia nos olhos, fotofobia e visão embaçada. A condição pode ter várias causas, incluindo disfunção das glândulas lacrimais, inflamação ocular, alterações hormonais e fatores ambientais, como poluição e ar seco.
 
Os tratamentos podem variar de acordo com a causa e a gravidade do olho seco, incluindo a prescrição de medicamentos anti-inflamatórios, colírios lubrificantes, pomadas e terapias mais avançadas, como a terapia com luz pulsada e a terapia com células-tronco.
 
É importante enfatizar a prevenção e o gerenciamento contínuo do olho seco, incluindo a adoção de mudanças no estilo de vida, como evitar ambientes secos e com ar condicionado, descansar os olhos regularmente durante o uso prolongado de dispositivos eletrônicos e a utilização de lubrificantes oculares conforme prescrito pelo médico.
 
O olho seco pode ser categorizado em dois grupos principais: olho seco evaporativo e olho seco por deficiência aquosa.
 
O olho seco evaporativo é o tipo mais comum de olho seco, e é causado pela disfunção das glândulas de Meibomius, responsáveis por produzir uma camada lipídica que ajuda a proteger a superfície do olho da evaporação excessiva. Quando essas glândulas não funcionam corretamente, ocorre uma diminuição da camada lipídica, o que aumenta a evaporação do filme lacrimal, causando a doença do olho seco evaporativo.
 
O olho seco por deficiência aquosa, por outro lado, é causado pela diminuição na produção de lágrimas pelas glândulas lacrimais. Esse tipo de olho seco pode ser causado por várias condições, como a síndrome de Sjögren, inflamação ocular, uso de medicamentos, disfunção hormonal e envelhecimento.
 
Além desses dois tipos principais, o TFOS DEWS II também descreve o olho seco misto, que é uma combinação de olho seco evaporativo e olho seco por deficiência de produção aquosa. Outros subtipos também foram descritos, como o olho seco induzido por lentes de contato, olho seco em ambientes com ar-condicionado e olho seco ligado ao uso de dispositivos eletrônicos.
 
É importante notar que o tratamento do olho seco varia de acordo com o tipo e a gravidade da condição, e deve ser determinado por um oftalmologista após avaliação adequada.

Todos os direitos reservados © Dr. Cláudio Alan | Oftalmologista.